Assédio moral: deputado Marcinho Belota usa tribuna para defender policiais penais
Parlamentar disse que vai se reunir com governador para apresentar todas as denúncias recebidas contra gestão da Sejuc.

As denúncias feitas pelos policiais penais contra a atual gestão da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) renderam mais um capítulo na tribuna da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE) na manhã desta terça-feira, 19. O deputado Marcinho Belota (PRTB) pediu a todos os policiais penais que estão sendo alvo de assédio moral que registrem o caso numa delegacia.
“Convido vocês a registrarem boletim de ocorrência, para que nós possamos levar até o governador para ele tomar conhecimento de tudo que está acontecendo”, aconselhou.
Para o parlamentar, a situação insustentável que está resultando no adoecimento de profissionais da categoria só tem uma solução. “A solução é, quem veio de fora, pegar as trouxas e ir embora. Já deu o que tinha que dar”, sugeriu. Nas galerias, os policiais penais que assistiam à sessão aplaudiram a ideia.
Belota disse ainda que nesta terça-feira, às 16h, se reunirá com o governador Antonio Denarium (Progressistas) para levar todas essas denúncias que recebeu. Segundo ele, são mais de 50 prints. A situação de assédio moral veio à tona após uma servidora denunciar para o deputado a matança de oito gatos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, praticada pela atual gestão. O castigo dela foi ser enviada para trabalhar na logística.

“Uma infeliz, ainda chegou até essa moça, que é policial penal, e perguntou ‘está legal aqui na logística?’ São debochados e covardes. A servidora que fez a denúncia está de atestado psiquiátrico, licença de 30 dias. Sofrem ela e o Estado, pois também perde com o servidor afastado. O assédio moral é apenas um dos erros gravíssimos que estão acontecendo nessa atual gestão”, disse Belota, ao convidar a todos os deputados para ouvirem a categoria.
Em aparte, o deputado Rarisson Barbosa (PMB) disse que esperou um ano e quatro meses, achando que a situação iria se resolver administrativamente, mas que acabou se agravando. Ele agradeceu ao colega por defender a categoria e disse que tem medo de que o adoecimento do policial penal resulte em tragédia.
“Quero parabenizá-lo pela postura e comprometimento com a categoria da Polícia Penal. Estamos muito agradecidos pela causa animal que o senhor também defende, pois nossas causas acabam se encontrando. Dentro do sistema prisional tem cachorros de rua e gatos, os quais também ajudam de alguma forma, expulsando insetos ou roedores, e à noite, quando o cachorro late, tem alguma coisa errada, pode ser alguém pulando um muro, e, com certeza, o policial fica mais atento”, disse.
Marilena Freitas