Sustentabilidade ambiental: Investimentos do IFRR apontam para alcance de autossuficiência em energia renovável
Dos cinco campi do IFRR, quatro são atendidos com placas fotovoltaicas, sendo que um funciona 100% com energia solar. Instituição contribui para redução da emissão de 258 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.
Você sabia que os combustíveis usados no funcionamento das termelétricas estão entre os principais poluidores atmosféricos do mundo, devido a geração de gases como os óxidos de enxofre, o nitrogênio, o dióxido de carbono e o metano?
E que a construção de hidrelétricas resulta na destruição de enormes áreas de florestas e na extinção de diversas espécies de animais e plantas?
Isso significa dizer que as formas convencionais de geração de energia no Brasil são também algumas das grandes causadoras dos maiores impactos ambientais no planeta.
Com a missão institucional, registrada em documentos oficiais, de promover formação humana integral, por meio da educação, ciência e tecnologia, contribuindo para o desenvolvimento sustentável, o IFRR, além de ofertar cursos pautados na sustentabilidade ambiental, ter diversas pesquisas em andamento nessa área e realizar atividades voltadas à comunidade externa, conta com equipes trabalhando para o desenvolvimento de ações que beneficiem o meio ambiente.
A principal delas é a implantação das painéis para geração de energia solar em todos os campi da instituição. Atualmente, dos cinco campi do instituto, apenas o CBVZO (Campus Boa Vista Zona Oeste) ainda não dispõe dessas estruturas, mas o processo de aquisição já está em andamento. As demais unidades, CBV (Campus Boa Vista), CAM (Campus Amajari), CNP (Campus Novo Paraíso) e CAB (Campus Avançado Bonfim), já são atendidas com energia renovável, sendo que a última é autossuficiente, funcionando totalmente com energia produzida por painéis solares.
Segundo o mestre em engenharia de produção e engenheiro do IFRR Sidarta Gautama de Almeida, atualmente, somando todas as estruturas distribuídas nos campi, o IFRR possui 542,66 kWp (quilowatt de potência de pico) em módulos fotovoltaicos instalados, que geram aproximadamente 840,7 MWh (megawatt-hora) por ano, contribuindo para a redução da emissão de 258t (toneladas) de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera.
Ele explica, com base em estudos na área, que a insolação diária anual, em todo o Estado de Roraima, registra a mínima de quatro horas, nos meses de junho a agosto, e a máxima de sete horas, de setembro a novembro, com uma média anual de seis horas.
“Os resultados dessas pesquisas demonstram que é a energia solar é viável em Roraima, podendo contribuir não só para economia financeira, pois cada projeto é apresentado com uma estimativa de retorno de investimento, mas principalmente como possibilidade de ampliação do uso de fontes de energia limpa, segura e renovável de forma distribuída”, disse Gautama.
A reitora do IFRR, professora Nilra Jane, esclareceu que sempre foi favorável ao projeto, iniciado ainda nas gestões anteriores, e que fez questão de encampar a proposta desde que assumiu o cargo. “Nós, no IFRR, atuamos com o objetivo também de sermos agentes de transformação social, e nossas ações são realizadas de maneira totalmente consciente de que o meio ambiente é parcela enorme e imprescindível a ser levada sempre em conta em cada uma delas. Um mundo, uma sociedade sustentável não existe sem a sustentabilidade ambiental”, declarou.
Energia solar
A ciência comprova que o sol é a principal fonte de energia do planeta Terra, sendo responsável pela manutenção da vida. Trata-se também de uma fonte energética que pode ser convertida em energia térmica e elétrica, sendo necessária, para isso, a utilização de dispositivos adequados, envolvendo a utilização de coletores planos e concentradores. O fato de até hoje ser considerada inesgotável e renovável é uma das principais vantagens da alternativa, pois passa a ser classificada praticamente como limpa também, já que o tempo de vida útil dos equipamentos necessários é de décadas.
CO2
Também conhecido como gás carbônico, o dióxido de carbono (CO2) é gerado de diversas formas, tanto em processos naturais, como respiração de animais, de seres humanos e de organismos vivos, decomposição de seres vivos e de materiais, e erupção vulcânica, quanto em artificiais, por exemplo, produção de cimento, queima de combustíveis fósseis (carvão, gás de usina de energia, petróleo, gás natural), desmatamento e queimadas, lavagem de polpa de celulose e papel, entre outras.
Conforme estudos científicos, a alta concentração do CO2 resulta na poluição do ar, na formação de chuva ácida e no desequilíbrio de gases na atmosfera, levando ao aumento da temperatura no planeta e, consequentemente, influenciando nas mudanças climáticas.