RRenato Queiroz cobra por votação de projetos que acabem com a aposentadoria compulsória e o foro privilegiado
Em discurso no plenário da Câmara, deputado também criticou atitude de juíza em caso de estupro de vulnerável.
Diante da grande repercussão do caso da criança de 11 anos que foi mantida pela Justiça em abrigo de Santa Catarina para evitar a realização de um aborto autorizado de uma gravidez causada por estupro, parlamentares usaram a tribuna da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, 21, para questionar a atitude da magistrada do caso. O deputado federal RRenato Queiroz (PSD) também usou o espaço para criticar o acontecido e cobrar pela volta a discussão de projetos que acabam com a aposentadoria compulsória e foro privilegiado.
Segundo ele, a clara tortura psicológica e a coação em permitir que a criança permaneça com uma gravidez decorrente de um estupro, como ocorreu em Santa Catarina, é um fato que está ligado a certeza da impunidade garantida pela aposentadoria compulsória. “Esse comportamento de alguns magistrados se faz exatamente por esta questão. Eles têm a certeza da impunidade. É pela certeza do conforto que sua pena máxima será a aposentadoria compulsória”, frisou.
RRenato também destacou a importância em voltar aos debates sobre o fim do foro privilegiado e pediu que o Plenário retome a discussão sobre a prisão em segunda instância para não ficar mais uma vez refém da interpretação do Supremo Tribunal Federal (STF). “O Brasil se aproxima de mais um momento eleitoral, e lá em 2018, nós sofremos uma inconsistência em relação a intepretação do STF, em relação a prisão em segunda instância. O mesmo STF, com a mesma composição de ministros, conseguiu dar duas interpretações em momentos diferentes e mudar a história das eleições desse país”, recordou.
O parlamentar concluiu que o tema é fundamental para se avançar na pauta contra o que chamou de Impunidade Institucional. “Esta Casa também tem o dever de trazer a prisão em segunda instância para dentro desse parlamento e discuti-la com maturidade, com determinação e chegar a um ponto onde a gente efetivamente elimine a insegurança jurídica e a impunidade institucional no país.”