Educação Especial e Inclusiva: Teamarr da ALE-RR capacita professores de Iracema
No total serão ministrados cinco módulos aos professores, uma capacitação que visa a inclusão dos alunos daquele município.
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O Centro de Apoio à Família (Teamarr), da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), que acolhe pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), iniciou na tarde desta quinta-feira, 14, o “Curso de Mediador Escolar Inclusivo” para professores da rede municipal de educação do município de Iracema, 93 km da capital de Boa Vista.
A deputada Angela Águida Portella (PP), presidente do Programa de Atendimento Comunitário da ALE-RR, acompanhou a abertura do evento e destacou o papel da Casa Legislativa neste processo de inclusão.
“O Teamarr tem a proposta de fazer com que o Poder Legislativo esteja muito presente em relação a essa pauta de inclusão. A cada 36 nascimentos, uma pessoa é autista. Nós não podemos mais esperar. Toda sala de aula tem um autista. Nós precisamos avançar enquanto Poder, até para que sirva de exemplo, além de ser o nosso papel enquanto representante da população”, destacou a parlamentar.
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Para a deputada, o autismo precisa de atitude por parte das instituições. “E é isso que a Assembleia está fazendo através do Teamarr, através da Comissão Permanente em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com olhar e ações que visam a garantia de direitos, a inclusão, a maior integração dessas pessoas na nossa sociedade”, reforçou.
O professor Ednaldo Coelho, terapeuta Denver e palestrante do Módulo I, que trata ‘Conceitos da Educação Especial e Inclusiva’. “Esse curso é uma demanda dos professores do município para levar à sala de aula e atuar junto aos alunos PCD (Pessoas com Deficiência). São cinco módulos, onde vamos trabalhar o plano individual, relatórios de acompanhamento, função do mediador escolar inclusivo e a ciência da Análise do Comportamento Aplicado (ABA), passando conhecimentos básicos do manejo de crianças com TEA”, explicou Coelho.
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Ana Paula, coordenadora municipal de Educação Inclusiva do município de Iracema, contou que o município tem 48 crianças que necessitam de atenção especial. Deste total, 16 são diagnosticadas com TEA. “Para nós é muito importante essa parceria com o Teamarr porque é um assunto muito desafiador a educação especial inclusiva. Por ser assunto desafiador e para sabermos como nos portar e tratar essas crianças, precisamos de formação de qualidade, e isso o Teamarr tem nos proporcionado. Agradecemos muito à deputada Angela pelo projeto que ela vem desenvolvendo”, disse a coordenadora.
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A professora Marinete Pereira de Lima, 55 anos, tem mais de 20 na sala de aula e durante esse período já se deparou com muitas crianças que necessitam de atenção especial. “Trabalhei dois anos com crianças autistas e é bem difícil porque eram bem agitados. Este ano estou com uma criança que apresentou epilepsia. Não é fácil também, por isso nesse curso eu vou adquirir bastante conhecimento e passar para os outros profissionais que estão na área. Já fiz outros cursos, mas esse é o primeiro neste nível e espero bastante conhecimento”, disse.
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Marcos Antonio da Silva trabalha como professor auxiliar há quase dois anos com crianças especiais, e acredita que a capacitação vai auxiliá-lo ainda mais na sala. Ele conta que no início foi bem difícil o primeiro contato com esses alunos.
“Para mim foi muito complicado, mas eu encarei porque o importante é encarar a situação, trabalhar com amor pelas crianças. Esse curso será muito interessante, principalmente no meu caso, que trabalho numa creche, então desde a tenra idade já se deve começar a trabalhar com as crianças visando que se aperfeiçoe e que quando estiver numa idade mais avançada, o contato com as pessoas seja melhor”, afirmou.
O curso tem carga horária de 60 horas. O Módulo II trabalhará “O papel do mediador escolar”; o Módulo III vai abordar as “Etapas do atendimento individualizado e inclusivo”; o Módulo IV ensinará os professores a “Confecção do relatório de acompanhamento individualizado”; e o Módulo V abordará na “Introdução a intervenção baseada em ABA”.
Marilena Freitas